SAIBA COMO MINHA HISTORIA SE MISTURA COM A HISTORIA DA DIREITA EM SERGIPE!

No último dia 14 de março, aconteceu o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) e do seu motorista, Anderson Pedro Gomes. Como todos tem acompanhado na imprensa, o caso vem sendo coberto há uma semana e está causando bastante repercussão e uma comoção fora do comum sobre a qual falaremos nesse artigo

De fato surpreende que um representante ou agente do Estado seja executado por criminosos. Se um indivíduo que goza de certos benefícios – como seguranças, motorista, carro blindado, etc –, está sujeito a esse tipo de crime, imagina o cidadão comum que corre risco diário ao simplesmente pegar um ônibus para ir ao trabalho. Evidente que os embates que Marielle travava contra a milicia como vereadora são um fator que aumentam os riscos de que algo acontecesse a ela. Mas a impunidade e os índices de criminalidade fazem com que qualquer cidadão esteja inseguro e corra o risco de ser vítima de violência sendo apenas uma pessoa comum. Basta lembrar que o Brasil tem mais de 60 mil homicídios por ano. Pais de família, trabalhadores assalariados, menores de idade morrem todo dia. O ocorrido com a vereadora do Rio só reforça mais ainda esse sentimento de insegurança e revela que o Estado brasileiro está ameaçado por organizações criminosas que controlam favelas, bairros e formam nesses locais Estados paralelos, onde as leis que valem são as ditadas por elas.

Ocorre que não é de agora que assassinatos de políticos e representantes do Estado vem acontecendo. Lembram do assassinato do candidato à prefeitura da cidade de Itumbiara-GO em setembro de 2016, onde o vice governador do estado foi baleado? Também em 2016 ocorreu o assassinato de um pré-candidato a vereador da cidade do Rio de Janeiro . Só entre 2016 e 2017 foram 36 vereadores assassinados pelo país. Sem falar das centenas de Policiais, que também representam o Estado – apesar da profissão deles ter os riscos inerentes –, assassinados nos últimos anos. Em nenhum desses casos a Globo dedicou o Jornal Nacional inteiro para tratar do assunto e não vimos comoção da mídia da forma como estamos vendo no caso da vereadora. Então, a pergunta que fica é:
– Por que só agora a grande mídia e boa parte da sociedade acordou pra isso, principalmente a parcela que segue a corrente ideológica da vereadora? É como se o Brasil tivesse se tornado violento só a partir deste crime.

A resposta para essa pergunta não está no fato de Marielle ser vereadora de uma grande cidade ou por ser uma representante do povo na casa legislativa ou ainda por ela fazer um grande trabalho em benefício da população. A resposta para tal comoção está na ideologia e nas bandeiras que ela defendia: Direitos humanos, aborto, legalização de drogas, a luta contra a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, etc. Toda essa agenda progressista defendida por Marielle tem apoio da maior parte da grande imprensa, tomada por militantes esquerdistas travestidos de jornalistas. Além disso, o PSoL é um partido socialista que possui forte militância de grupos coletivistas e ONGs, como o Movimento negro, o movimento feminista, ativistas do judiciário, etc. Apesar de não serem grupos grandes, eles são barulhentos e tem espaço na grande mídia por seguirem a mesma agenda.

Essa comoção seletiva, pelo fato da vereadora seguir a agenda político/ideológica das esquerdas, é um fator a ser criticado. Mas existe outro muito pior, que é usar a morte dela para fazer avançar essa agenda e tentar barrar projetos como o que revoga o Estatuto do Desarmamento. E foi basicamente isso que a maior parte da militância, inclusive lideranças da esquerda brasileira, fizeram desde as primeiras horas da sua morte. São asquerosos e nojentos, os discursos proferidos por deputados do PT e linhas auxiliares na câmara dos deputados no dia posterior ao crime. Aquilo mais parecia um comício do que uma homenagem.

Não apenas na câmara dos deputados, mas também nas redes sociais, nos blogs, nos artigos de jornais da grande imprensa, o que não faltou (como sempre) foi a coletivização da culpa, com base na qual se colocou a responsabilidade do assassinato da vereadora no machismo, no racismo (como se no atentado não tivesse morrido também um homem branco), na polícia, na intervenção federal e até no “golpe de 2016” (palavras da ex-presidente Dilma, por incrível e absurdo que isso pareça).

É claro que toda essa politização provocaria uma reação da direita, daqueles que estavam do lado oposto e em silêncio respeitando o momento e a dor das famílias das vítimas. Tal reação é legítima e devida, já que não se pode apanhar e ficar calado ao ser acusado de cúmplice ou potencial criminoso apenas por ser homem, branco ou defensor do trabalho da polícia e do armamento civil. Também na direita há extremistas que falam coisas indefensáveis do tipo que a vereadora merecia morrer, que “já foi tarde”, etc. O fato é que a partir da politização, tudo se torna-se uma guerra de narrativas e não se pode acusar a direita de ser responsável por isso, já que foram os próprios esquerdistas os primeiros a politizar a situação.

Como destacado no título deste artigo, não é de agora que as esquerdas usam seus mortos para fazer política ideológica. A história mostra como isso é da índole e do caráter deles. Vejamos alguns casos:

  1. A jovem Elvira Cupello Calônio, cujo codinome era Elza, entrou para a Coluna Prestes em 1930 por influência do namorado. Ela era uma pessoa humilde e de pouca instrução, mas dedicada a causa. Acontece que a mesma foi presa junto com o namorado e por ter sido liberada apenas duas semanas depois sem ter sido torturada, os companheiros desconfiaram que ela os havia traído. Apesar de nunca provada, a traição foi motivo para Luiz Carlos Prestes determinar aos colegas a execução da moça. A mesma se deu por enforcamento e terminou com um discurso político proferido por Honório de Freitas (Martins), um dos líderes do grupo comunista, aos seus colegas, diante do cadáver.
  2. Outro caso ocorreu em Cuba, quando em março de 1960 um cargueiro carregado de armas explodiu no porto de Havana matando 75 operários. No dia seguinte ao acidente, Fidel Castro e sua cúpula (onde também estava presente Che Guerava) estiveram à frente do cortejo fúnebre e ao final da cerimônia subiram numa pequena varanda onde Fidel proferiu um discurso inflamado acusando agentes americanos pela tragédia.
  3. Voltando ao Brasil, temos o caso do prefeito Celso Daniel do PT, cujo assassinato até hoje não foi esclarecido e que entre os suspeitos estão figuras da cúpula petista. Durante o velório, o então pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (LULA) fez um discurso inflamado dizendo que havia “gente graúda” (talvez ele mesmo) por trás do assassinato do ex-prefeito da cidade Santo André-SP.
  4. E não poderia deixar de falar do caso mais recente que foi a morte de Marisa Letícia, esposa do ex-presidente condenado a prisão, Lula (pois é! Ele de novo). O mesmo usou o velório da mulher para proferir discurso político, insinuar que a morte da esposa foi culpa da Lava Jato (devido as “injustiças” contra ela) e fazer críticas a Temer. Como se não bastasse, pouco tempo depois ele põe a culpa na esposa morta por atos que ele praticou e foi condenado.

Como podemos observar nos casos acima, o nível de hipocrisia, de falta de sensibilidade e até psicopatia das esquerdas é notório e de se lamentar. Assim como fizeram uso político da morte dos seus companheiros no passado, fazem agora com Marielle. E não duvidem que, caso o perfil do criminoso que a assassinou não se enquadre no desejado para que possam continuar achincalhando a polícia e emplacando sua narrativa de que a sociedade conservadora, machista, armamentista, racista é responsável pelo crime, eles simplesmente abandonarão o caso, colocando-o no esquecimento, assim como fizeram com Celso Daniel, Toninho do PT, e o ex vice prefeito de Ourolândia/BA (PT) que foi assassinado após delatar Jaques Wagner e outros peixes graúdos do PT. Como dito pelos companheiros comunistas de Prestes em resposta a sua ordem para executar Elza:

“A coisa será feita direitinho, pois a questão do sentimentalismo não existe por aqui. Acima de tudo colocamos os interesses do partido.” 

E assim caminham as esquerdas com suas práticas abomináveis e sua vontade de fazer a sociedade aceitar a narrativa imposta por elas sem qualquer contestação. Para elas não deve haver divergência (nem entre os seus, como aconteceu com a cantora Anitta). Agradeçamos por hoje elas não terem mais o monopólio da narrativa através da grande mídia. Agora, com a Internet e as mídias alternativas (que eles insistem em generalizar chamando de “Fake News”), temos fontes de informação diversas que nos permitem conhecer várias versões e interpretações, podendo tirar nossas próprias conclusões.

 

Referências:

(NARLOCH, Leandro) 2009, Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Pag 306.

(NARLOCH, Leandro) 2011, Guia Politicamente Incorreto da História da América Latina, Pag 48.

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One response

  1. Perfeita reflexão. E digo que vai acontecer exatamente isso. Quando o crime for esclarecido, toda essa barulheira cessará e a “mártir” morrerá.

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