Vocês devem se lembrar daquela página “Antes e depois da federal”, que evidenciava mudanças no comportamento e na aparência dos universitários após entrarem em contato com o marxismo cultural ou Gramscismo. Pois bem, semana passada, mais precisamente no dia 09/06/2017 ocorreu a colação de grau da minha irmã no curso de Letras Espanhol da UFS (Universidade Federal de Sergipe). Sendo assim, como membro da família Souza lá fui eu vivenciar esse momento importante da vida da minha irmã caçula.
Bem, a minha história com essa universidade é meio antiga, há uns 15 anos atrás pisei lá pela primeira vez em um desses congressos revolucionários de merda alguma que só servem de desculpa pra ficar bêbado, drogado e trepar (no meu caso, só não curtia drogas), na época eu ainda era um comunista de bosta igual a esses que eu tanto tenho criticado nos últimos anos. Sim, isso mesmo, eu já fui do PC do B, da UJS, e do caralho a quatro no que tange esquerdismo. Até camisa do Che eu já tive, pasmem! Mas eram outros tempos, quem nunca fez merda na juventude que atire a primeira pedra, mas enfim, ao me tornar um adulto eu me curei.
“quem não foi comunista até os vinte anos não tem coração,
quem é depois dos trinta não tem juízo”.
Então, voltando ao fato que pretendo relatar. Estava lá eu, meus pais, minha cunhada e minha esposa aguardando o início da cerimônia. Nesse meio tempo um amigo que também estava presente me chamou para ir lá fora do campus rapidamente, enquanto eu o acompanhava cruzamos com um daqueles sujeitos pró-transgenia com aqueles saiões longos que mais parecem toalha de mesa das nossas tias e com uma barbicha hipster e um coque despojado meio achando que de tal maneira estava desafiando o “sistema”. Bem, como eu disse, eu já fui comuna, mas não desse tipo. Até no comunismo eu era conservador, jamais trocaria uma calça por uma toalha de mesa.
De volta ao local da cerimônia, que lá eles chamam de “vivência”, os alunos começaram a ser chamados, sendo de diversos cursos, todavia tinham algo em comum: todos eram da área de humanas. Naquele dia, não havia aluno algum do curso de exatas se formando. Ao menos é o que foi anunciado no microfone. Após ouvir a melodia da Voz do Brasil, sim, aquela mesma que toca no rádio desde a ditadura Vargas, um professor universitário começou a falar, era nítido o viés marxista no discurso, ao passo que era distribuído entre os presentes uma panfletagem dos movimentos de extrema esquerda convocando a população para uma nova “greve geral” contra o governo Temer. Nesse momento era nítida uma cena: jovens, cheios de vontade de ser o que não são (ou seja: úteis para o mundo) guardando os panfletos que recebiam para a convocação, enquanto os pais e demais parentes já adultos ou idosos que certamente nunca tinham pisado numa Federal antes, talvez nem chegaram a cursar o ensino médio, passavam o olho e jogavam de lado ou no chão aquilo lhes parecia uma bobagem qualquer. E por que lhes parecia uma bobagem? Respondo! Essas pessoas tinham mais o que fazer, ora bolas! São pessoas humildes que trabalham, que não sofreram doutrinação na escola e nem nas universidades, afinal, estavam ocupadas demais produzindo e se sustentando, algo que a juventude ativista não faz porque tem seus pais para fazê-lo.
Mas seguindo adiante, uma representante dos alunos foi lá falar sobre a colação de grau, seu discurso começou assim: “Primeiramente, Fora Temer!”
A zumbilândia comunista foi ao delírio, começaram a gritar “Fora Temer” por uns instantes, em seguida, cheia de si a tal representante da cracolândia mental que ocorria naquele momento começou a se vitimizar dizendo que tinha orgulho de se formar sendo “pobre, negra, e filha de mãe solteira…!” – só faltou se declarar transgênero e sei lá, atirar sangue menstrual no chão do palco.
Mas o circo dos horrores racionais não estava por fim ainda, logo veio um outro professor, ensaiando mais um “Fora Temer”, enaltecendo os alunos de humanas perante os pobres coitados que optam por exatas que, segundo ele, não têm um histórico de lutas contra o “golpismo” – sim, lembrem-se que mais cedo foi executado a Voz do Brasil, ao que parece o professor universitário de humanas não conhece história, uma praxe.
Por fim, numa tentativa bizarra de valorizar a inutilidade do seu próprio salário (professores universitários ganham muito bem, e sendo de federal, é o povo pobre, não só o rico, quem mantém seu salário), o docente resolveu criticar, vejam só, o Japão por há mais ou menos 02 anos pedir para que fosse cancelado os cursos de humanas no país, afinal, o que gera riqueza e conhecimento tecnológico é a área de exatas. E disso os nipônicos entendem tanto que seu pequeno país destruído no pós-guerra teve uma ascensão econômica e tecnológica meteórica nos anos que se passaram.
Após dar um puxão de orelha no Japão, que no ranking mundial da educação tanto básica, como média e universitária supera o Brasil de longe, o professor ainda deu um conselho final aos seus alunos de humanas recém-formados, ele recomendou que os jovens militantes sociais, lá fora, no mercado de trabalho, não “caíssem nas armadilhas da meritocracia”. Sim, mas que pérola, de um sujeito que conseguiu seu emprego ficando a frente em um concurso público. Já pensou o docente dando a vaga ao último colocado para fazer jus ao seu discurso populista anti-meritocrático?
Pois é, agora para ilustrar melhor um pouco isso, deixarei aqui abaixo um trecho do livro de Mises, A mentalidade Anticapitalista, no capítulo que fala de “O Ressentimento da Ambição Frustrada”:
Isso mesmo, ser contra a meritocracia, é ser covarde, é ser vitimista, é ser elitista. Ser de humanas não é um pecado, mas é preciso uma mente muito equilibrada para não virar um zumbi. Minha irmã, por exemplo, me parece normal.
Eu, apesar da minha carreira em literatura, vivo de informática. Não sendo mais comunista, cursei por um tempo (abandonando no segundo período) um Bacharelado em Análise de Sistemas, não foi em uma federal, e lá não havia um festival de demências como as que lhes relatei nesse texto, mas mesmo assim preferi sair do curso e apenas continuar trabalhando na minha área e não me arrependo da minha escolha. Sempre fui adepto do autodidatismo e me sinto feliz por isso. Mas aos futuros estudantes universitários, de exatas ou humanas, lhes digo estudem, estudem bastante, e por precaução, lhes deixo um alerta extraído de a Revolta de Atlas, de Ayn Rand.
*Hank Rearden refletindo a cerca de um rapaz convalescente (o “Ama de Leite”), vítima da histeria socialista, em um trecho de A Revolta de Atlas, Ayn Rand, Vol. 3, cap: “O Concerto da Libertação”, página 316, Ed. Arqueiro.
Ainda em tempo, um bônus extra, na área destinada às fotos dos alunos com seus parentes, havia um cenário decorado com flores, um tapete, uma mesinha de madeira, entre outras coisas cenográficas, abaixo, eu percebi que havia uma foto da Frida Kahlo, sim, a “Monteiro Lobato do FEMEN”, quando foi a minha vez de tirar uma foto com minha irmã respirei fundo e aliviado ao ver que inconscientemente minha esposa tinha ficado na frente do quadro, cobrindo a ícone do mau gosto da pintura, em seguida pensei comigo: Primeiramente, Caravaggio!
2 Responses
kkkkkkk. Acho q foi nessa colação q a Traveco do PSoL, Linda Brasil, também se formou ou “lacrou”.
O governo do Japão está pouco ligando para um professor comunista da UFS. Mas se por acaso algum japonês souber, por este ou outro texto, q um comunista está criticando seu país, pode sentir alívio e orgulho, pois esta no caminho certo.
Quando pisei meus pés ali também vi um cenário assustador cheio de zumbis