SAIBA COMO MINHA HISTORIA SE MISTURA COM A HISTORIA DA DIREITA EM SERGIPE!

O Brasil vive um momento bastante dramático e complexo em sua vida política. Os melhores roteiristas de House of Cards jamais conseguiriam chegar a esse nível de complexidade na série e nem teriam tanta criatividade. Nosso país superou facilmente qualquer série de TV já produzida sobre política. As últimas semanas foram tão tensas, cheias de loucuras e acontecimentos que será difícil resumir, mas vamos lá…

A delação dos donos da JBS:

No dia 17 de maio, a crise política – que de fato nunca acabou – atingiu um novo patamar. Tudo começou com uma matéria do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informando que, como prova das informações prestadas durante as delações, um dos donos da JBS havia gravado o presidente Temer. Na conversa gravada, segundo a matéria, o presidente autorizava e consentia com o pagamento de propina para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da câmara Eduardo Cunha. Se o conteúdo de tal áudio fosse verídico, estaria caracterizada obstrução de justiça, o que poderia levar ao afastamento e a investigação do presidente da república.

Naquela semana, o Brasil vinha finalmente tendo boas notícias em relação a recuperação econômica e o andamento das reformas. E com isso vendo saída para a crise. Mas, a matéria de Lauro Jardim foi o suficiente por desestabilizar tudo e levar a um dia de caos no mercado financeiro. A bolsa caiu mais de 8%, o dólar chegou a R$ 3,40, sendo que um dia antes estava valendo R$ 3,10. Acontece que após 24 horas da publicação da notícia de Lauro Jardim, a divulgação tardia do áudio da conversa revelou que a principal manchete noticiada pela mídia durante toda a quinta-feira era uma grande mentira. No áudio não havia consentimento nem permissão de pagamento de propina a Eduardo Cunha por parte do presidente Temer. O que teve o potencial de uma bomba, acabou tendo efeito de um track. Um track que causou um enorme prejuízo ao país por conta da irresponsabilidade de um jornalista que publicou a matéria sem checar os dados da fonte.

Temer errou ao receber fora da agenda um empresário investigado por envolvimento em corrupção e ou ouvir ele falar que tinha comprado procuradores e juízes não ter tomado nenhuma providência. Mas isso não justifica um jornalista publicar mentiras que beneficiaram os empresários delatores, que no dia seguinte faturaram milhões no mercado financeiro devido a elas.

Acrescenta-se ao conjunto de acusações que podem atingir o presidente uma mala com R$ 500 mil de propina paga pela JBS a um deputado próximo de Temer, Rocha Loures. O pagamento foi monitorado pela PF numa chamada Operação controlada. Apesar do dinheiro ter sido devolvido, até agora não se sabe (ou apenas não foi divulgado) qual seria o seu destino. Se o dep. Rocha Loures delatar e entregar Michel Temer, a situação dele deve ficar insustentável.

Mas, não apenas Temer foi vítima da metralhadora dos irmãos Friboi. Logo após a divulgação dos famigerados áudios, tomamos conhecimento do conteúdo total da delação que pegou em cheio o Senador e presidente do PSDB, Aécio Neves – maior representante da falsa oposição – e sua irmã Andréa Neves. A mesma se encontra presa enquanto ele foi afastado do cargo de senador pelo STF.

Na delação não poderia faltar Lula e Dilma. Segundo os delatores, a JBS possui contas para pagamento de propina a ambos na Suíça. Comprovada a existência de tais contas, lá se vai mais um dos argumentos de Dilma para não sofrer Impeachment. A mesma, que afirmou por várias vezes não ter contas na Suíça como uma forma de provocar e desqualificar o Deputado Eduardo Cunha, possuía R$ 300 milhões numa conta associada a ela e a Lula, segundo os delatores. Esse valor é bem maior que os R$ 52 milhões encontrados nas contas em nome de Cunha. Ou seja, ela toda cagada e mentirosa como sempre foi, querendo falar do sujo. É pra rir!

O pior acordo da história:

Todos esses acontecimentos já dariam um bom filme…de terror e drama, não podemos deixar de falar da forma como foi firmado o acordo entre o MPF/PGR e os delatores da JBS. Foi um acordo de mãe pra filho. Os irmãos delatores Joesley e Wesley – donos da JBS – puderam sair do Brasil antes do teor das delações ser divulgado e agora estão vivendo numa boa em Nova York, sem dever nada a justiça brasileira. Pagarão, cada um, uma multa parcelada de aproximadamente R$ 230 milhões, valor que faturaram no dia posterior a divulgação da matéria de Lauro Jardim (provavelmente vazada por eles mesmos – pilantras) numa operação de cambial se aproveitando da alta do dólar. É revoltante saber que esses filhos da p…, que enriqueceram as custas do dinheiro dos brasileiros via BNDES, não passarão 1 dia sequer na cadeia e viverão o resto de suas vidas numa boa caso esse acordo não seja revisto ou outras falcatruas sejam descobertas no nome deles aqui ou nos EUA.

O TSE e a situação de Temer: 

Para completar toda essa tragédia política, tivemos essa semana o julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE (Tamos Sem Esperança ou Tribunal Superior Eleitoral, como queiram), onde diante de tantas provas de abuso de poder na campanha de 2014 foi absolvida por 4 x 3.

O resultado no TSE mostra que Temer está bem articulado nos bastidores e como um hábil negociador pode se manter no cargo apesar de tudo. Se isso acontecer, será 1 ano e meio com o país sendo governado por um presidente capenga, com baixíssima popularidade e tipo a rainha da Inglaterra: Quase sem poder nenhum de decisão. Na prática, o Brasil será governado pelo congresso (ou pelo que restar dele) e pela equipe econômica. Ao menos parece haver um consenso entre mercado financeiro e congresso que as reformas precisam andar independente do presidente. Mas tudo vai depender das próximas delações e da atuação de Janot. Este parece disposto a fazer de tudo pra derrubar o presidente e ainda tem até setembro para fazer isso ou ao menos ampliar o estrago. Se Temer aguentar até Janot sair, aí pode ficar mais tranquilo, pois acredito que não cai mais.

O perigo da extrema esquerda:

Diante de todo esses caos políticos, a extrema esquerda, representada pelo pelos partidos PT, PCdoB, PSoL, REDE e PDT, além da CUT e outros sindicatos, movimentos terrorist…OPS! sociais (como o MST e a UNE), se aproveita para pedir eleições diretas, que podemos chamar de volta Lula. Felizmente, a população, apesar de indignada com tanta corrupção, está atenta e sabe que o principal responsável por toda essa crise foi o PT. Afinal, Temer foi eleito junto com Dilma duas vezes.

Todos que agora são favoráveis a saída de Temer e as eleições diretas não moveram uma palha para que ocorresse o impeachment de Dilma e a maioria defendeu a marginal. Se dependesse destes, o Brasil teria se tornado uma nova Venezuela nas mãos dos autoritários petralhas. Além do jogo do poder, há portanto questões ideológicas sendo fatores relevantes e que devem ser observados para se entender o que acontece no Brasil. Por que essa indignação seletiva? Será que se Dilma fosse presidente e o TSE tivesse julgando a chapa, os esquerdistas estariam torcendo para que ela fosse cassada ou estariam dizendo que a cassação é “gópi”?

É um fato que a agenda da esquerda progressista e dos Globalistas, apoiada pela Globo, pelas ONGs e partidos de esquerda, vem perdendo espaço mesmo nesse governo capenga. Claro que isso acontece não por mérito de Temer (um corrupto e frouxo que não representa nem de longe ideias e nem faz um governo de direita), mas por ele ter chegado ao poder com a pressão das ruas clamando por uma mudança na forma de governo e não apenas uma troca de políticos. A divulgação de ideias liberais e conservadoras, convertidas em bandeiras como a redução da interferência do Estado na vida das pessoas e uma política econômica mais liberal, ganharam corpo e penetraram no mundo político, acabando por tornar os poderes da república, principalmente o legislativo, mais sensíveis a essas pautas. Por isso é tão urgente para as esquerdas em geral retomarem o poder para conseguirem barrar o avanço dessas bandeiras e com suas políticas keynesianas armengarem a economia, iludindo a população com uma sensação de melhora, e com isso conseguirem uma reeleição em 2018, impedindo a chegada de um candidato verdadeiramente de direita ao poder.

Espero ter conseguido resumir a situação e o cenário que temos vivemos agora. Temos que continuar mostrando nossa indignação com esse governo, apoiar as investigações e a operação Lava Jato, defender uma punição de verdade para os donos da JBS e caso o presidente venha a cair, apoiarmos a saída constitucional das eleições INdiretas. Mas, não podemos entrar na onda de eleições diretas, medida que é inconstitucional e que, como já vimos, só beneficiará as esquerdas. E tudo que não queremos é esse pessoal do PT e aliados de volta ao poder, pois mais grave que a corrupção é a questão ideológica, a preservação das nossas liberdades, com as quais sabemos que governos esquerdistas não tem nenhum compromisso.

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